domingo, 9 de maio de 2010

Essa é a condição imposta pelo PCdoB. Na atual conjuntura, partido afasta respaldo a Wilma


Embora tenha feito parte do governo até abril passado, o PCdoB não apoiará a ex-governadora Wilma de Faria (PSB) ao Senado. A menos que ela resolva apoiar o projeto do ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT) de chegar ao governo do estado. O que é improvável pelo fato de o PSB ter a candidatura a reeleição do governador Iberê Ferreira de Souza (PSB). De acordo com o presidente estadual do PCdoB, Antenor Roberto, Wilma foi comunicada dessa posição desde abril, quando o partido entregou a Secretaria de Reforma Agrária. Antenor critica candidatos que falam em parceria sem estarem coligados de fato. O dirigente destacou que a governadora foi comunicada de que o PCdoB não estava fechando relação com o PSB. "O fato é Wilma não pode hoje, do ponto de vista legal, pedir votos para outro candidato que não seja o governador Iberê", informou Antenor Roberto."Quando nós acertamento essa aliança com PDT, dada a configuração das candidaturas do DEM e do PSB ao governo, com essa terceira alternativa, não havia sentido termos segundo candidato ao Senado. No caso de Wilma, legalmente não poderíamos pedir votos porque se trata de outra coligação", afirmou. O presidente do PCdoB informou ainda que, na medida em que o grupo do qual o partido faz parte lançou um candidato a governador e a senador - jornalista Sávio Hackradt -, a vaga de segundo senador vai funcionar como atrativo para outras legendas que queiram somar. Antenor Roberto disse ainda que, atualmente, todas as pré-candidaturas de senador são "avulsas", assim como a de Sávio. "Garibaldi tem passado uma imagem errada de que ele integra a coligação do DEM. Nem o PMDB e nem o DEM poderão falar em segundo voto. Isso é um engodo. Mantida a formatação atual, todos os candidatos são avulsos e não podem, do ponto de vista legal, falar em segundo voto. Estão todos em carreira solo. O eleitor está livre para fazer as suas composições. Isso é verdade. Mas os partidos não poderão proclamar algo diferente de suas convenções", argumentou. O dirigente criticou ainda a formação do "arranjo" PMDB, PV e PR. "É apenas uma prova de que, com raríssimas exceções, no qual incluo o nosso PCdoB, os partidos vêm sendo descontituídos e desfigurados, tanto que no Rio Grande do Norte os interesses dos partidos vêm sendo substituídos segundo os interesses de reeleição dos integrantes desses partidos. Esse é o traço que está movimentando as eleições", informou.Quanto ao apoio a Carlos Eduardo, Antenor Roberto disse que o PCdoB tem levado o pré-candidato ao governo a se familiarizar com os projetos do partido, o levado a conhecer os pré-candidatos a deputado estadual, um total de 12, e a participar do lançamento dessas pré-candidaturas pelo estado. "Nós estamos em campanha com Carlos Eduardo e Sávio. Tem sido muito interessante porque a gente encontra muitos eleitores de Dilma que se familiazam com o nosso projeto", afirmou Antenor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário